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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

UM CATALANO SE DESTACA NO ESTERIOR PELA UMA FOTO QUE ELE FOTOGRAFOU DAS IRMÃS GÊMEAS SIAMESAS ANTES DA CIRUGIA DE SEPARAÇÃO EM GOIÂNIA-GO


Fotos foram divulgadas no jornal britânico Daily Mail

Por Redação O Catalano

Um fotógrafo de Catalão foi destaque por seu trabalho no jornal britânico Daily Mail. Mateus André registrou uma história emocionante através de suas fotos. As gêmeas siamesas Maria Clara e Maria Eduarda, de dois meses, devem passar por uma cirurgia de separação. As meninas estão coladas uma à outra, ligadas pelo abdômen e dividindo o mesmo fígado. A cirurgia seria realizada neste mês, mas foi adiada depois que uma bactéria foi encontrada no hospital em que elas estavam internadas.

E como o catalano conheceu as gêmeas que nasceram em Salvador e vieram a Goiás para a cirurgia? Ele conta que não existiu um convite concreto e que tudo foi por acaso, durante um passeio em Goiânia. Mateus viu uma reportagem na TV, na qual a família de Maria Clara e de Maria Eduarda estava pedindo doações. “Já tinha visto alguns casos na mídia e o meu maior sonho era fotografar gêmeos siameses. Logo me interessei pelo caso e, com a ajuda de minha família e de minha esposa, consegui ir ao local, na Casa do Interior de Goiás, que é mantida pela Organização das Voluntárias de Goiás (OVG). É uma casa de apoio onde os siameses ficam acomodados aguardando a cirurgia, e assim, realizei as fotos”, explica o fotógrafo.

Mateus afirma que não esperava que conseguisse produzir tão rápido as fotos e que ficou na expectativa, quanto à permissão dos pais para o trabalho que queria realizar.  “O fotógrafo tem que contar com o fato de receber um sim ou um não para realizar as fotos e estar preparado para as respostas. Quando eu recebi o sim, eu achei ótimo, e realizei as fotos. No momento dos cliques, agi com naturalidade, pois estava fotografando vidas, e enxergando uma esperança, tanto nas meninas e nos pais”, diz emocionado.

No mesmo dia, por coincidência, ele também conseguiu fazer as fotos dos meninos Levi e Israel, que já foram siameses e aguardavam por cuidados médicos na capital. Mas a história com as gêmeas ganhou um capítulo especial na vida de Mateus. O ensaio foi feito apenas em um dia, com cerca de 40 minutos de fotos. O foco principal do profissional era retratar a realidade “Eu cheguei e as meninas estavam na cama e a mãe queria arrumar as coisas. Disse que não precisava, que eu queria justamente apresentar o cotidiano, a realidade, e é justamente o oposto do meu trabalho como profissional, pois fotografo crianças no estúdio com produção, cenário, em momentos de felicidade”, ressalta.

Para Mateus, o trabalho com as gêmeas está o ajudando a entender várias questões, não somente no campo profissional, mas no sentido de vida, da existência. O fotógrafo lembra que os pais foram bem abertos, sem nenhuma restrição de apresentar as filhas ao mundo. “Eles me receberam muito bem, se não fosse por isso, creio, não teria realizado as fotos. Em primeiro lugar, é preciso uma confiança consolidada entre eu e os pais, para realizar as fotos. E a relação continua, sempre converso com o pai, Caique, sobre a espera da cirurgia, que ainda não tem uma data definida, conto sobre a repercussão do meu trabalho e eles ficam felizes”.


Nas fotos, Maria Clara e Maria Eduarda estão brincando, se tocando, se olhando e mostrando toda a beleza que as crianças refletem. Foi o primeiro contato de Mateus com gêmeos siameses, o que levou o profissional a pensar em continuar fazendo produções especiais como a realizada com Maria Clara e Maria Eduarda. “No momento das fotos, agi em função do registro. Depois que estava em casa, me emocionei, refleti sobre condição da família e das gêmeas, e percebi a grandeza do meu trabalho, sendo que é raro de se encontrar. Os gêmeos siameses precisam muito de atenção, dignidade e serem vistos pela sociedade”, salienta Mateus. 


A produção de fotos ganhou destaque em vários sites e jornais, o que estimulou o fotógrafo, que tem projetos para a carreira. “O meu trabalho de gêmeos siameses terá uma continuação, mas não impedirá que eu faça outros projetos. Eu tenho, sim, vontade de fazer algo da minha cidade, pois é aqui que eu vivo, e, nos arquivos do meu computador, eu tenho fotos do cotidiano do bairro Jardim Paraíso. Retratei pessoas na rua e principalmente crianças. É um trabalho rico e de uma ótica diferente sobre a cidade, e quero ampliar, fazer mais fotos e no futuro realizar uma exposição, mas isso dependerá de apoio e incentivo de outras pessoas ou órgãos”, frisa.

E como conciliar um projeto tão sensível quanto o das gêmeas, com os trabalhos não comerciais, essenciais para que o profissional sobreviva de sua arte? Mateus relata que o trabalho não comercial ajuda a entender o comercial e vice e versa. Ele explica que fotografa pessoas, crianças, mas de condições de vida diferentes. “No trabalho não comercial, que prefiro chamá-lo de social, eu fotografo no sentido de ter um valor mais sentimental e a divulgação do meu trabalho, e dar para as pessoas um presente, que é a fotografia, e um pouco de dignidade. Levá-las ao mundo, pois todos nós precisamos ser fotografados. Não tenho um ganho financeiro para realizar as fotos. Já no comercial, eu preciso cobrar, pois é necessário sobreviver, e toda a minha renda é através da fotografia. Tenho aluguel e demais contas a pagar, e a minha esposa não tem outra renda."

Mateus acredita que as produções não comerciais, poderão render frutos, para o futuro, com consolidação de seu nome. “Tem dois anos que atendo aqui na cidade de Catalão, e venho realizando um trabalho interessante. Sou especializado em fotografia de família, mas preciso ser mais visado e que as pessoas me procurem, principalmente pela qualidade do meu trabalho, e pelo que posso oferecer”, justifica.


O catalano tem formação acadêmica em Letras, o que, segundo ele, garante um olhar artístico e mais crítico à fotografia. A paixão por fotos surgiu há cerca de sete anos, quando ele começou a fotografar com uma câmera compacta do seu irmão. As primeiras produções foram da família, de amigos do bairro Jardim Paraíso. Depois, Mateus conseguiu comprar uma DSLR (câmera profissional), ampliando seus horizontes, mas ainda fotografando por hobby, principalmente crianças e bebês. “Com o tempo, a prática fotográfica foi se tornando algo mais sério, e há dois anos  comecei profissionalmente como “Mateus André – Fotografia”, atendendo mais crianças, bebês e família. Não tenho uma formação mais formal ou acadêmica em fotografia, eu aprendo muito em cursos online pagos e gratuitos na internet. Pratico bastante e estou sempre em busca de aprendizado. Posso dizer que eu sou mais autodidata, no futuro pretendo ampliar isso, ministrando cursos e palestras sobre fotografia”, conclui.

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