MULHER CONFERSSA QUE MATOU JOVEM EM UM RESTAURANTE LOCALIZADO NAS MARGENS DA GO 210 ENTRE CATALÃO / DAVINOPOLIS

A principal suspeita do assassinato da jovem Ana Vitória Pereira, de 19 anos de idade, crime ocorrido no último sábado (31), em um restaurante localizado na GO-210, entre as cidades de Catalão e Davinópolis (relembre), se apresentou na tarde de ontem, segunda-feira (02), na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Catalão.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Alessandra Maria de Castro, a autora do crime, Adriana Borges, de 39 anos de idade, confessou que matou a jovem e entregou a arma utilizada no crime. A delegada informou, que Adriana descobriu que a vítima, que era sua amiga e funcionária do seu restaurante, estava tendo um relacionamento com o marido dela. “Ela explicou que no dia mesmo do fato, um pouco mais cedo, ela soube que a funcionária que trabalhava com ela e que também era amiga dela (Ana Vitória) ela estaria tendo um relacionamento com o marido da Adriana. Por meio de redes sociais, ela descobriu isso e imediatamente ligou para a Ana Vitória e pediu para que a Ana Vitória fosse até o restaurante ajudar com os afazeres, como era costume. Ela foi até a casa da Ana Vitória a buscou e chegou até o restaurante. Assim que ela chegou, meio perturbada com a informação, ela não tocou no assunto, ainda esperou algum tempo, tinha gente no restaurante. Até o momento em que ela foi conversar com a Ana Vitória sobre essa questão, ela queria confrontar a Ana Vitória, se isso era realmente verdade ou não, e depois, segundo ela, pretendia colocar o marido na conversa, mas aí, iniciando a conversa com a Ana Vitória, a conversa não evoluiu de forma tranquila, houveram ofensas, segundo a Adriana, a Ana Vitória teria a ofendido, falado coisas que a deixaram muito ofendida e com a arma ali, próxima a ela, ela pegou a arma e desferiu esse tiro, um tiro só, que acabou por levar a vida de Ana Vitória” disse a delegad

No depoimento, Adriana disse que em momento algum pensou em tirar a vida da jovem. “Ela queria perguntar, conversar com a Ana Vitória. Segundo a Adriana, ela ficou muito indignada, muito chateada, porque elas eram amigas. Ela sentiu até mais, segundo a Adriana, a traição da amiga, do que até mesmo do próprio marido. Então ela queria conversar com a Ana Vitória, ela queria confirmar, ela não estava acreditando, ela queria conversar com a Ana Vitória e também depois ela iria chamar o marido, essa era a intenção dela, conversar com a Ana Vitória e depois chamar o marido, para os três conversarem. Ela já tinha decidido que ela iria separar do marido, viria embora com o filho dela, porém quando ela foi conversar com a Ana Vitória a situação saiu do controle e ela acabou matando a Ana Vitória” afirmou a delegada Alessandra Maria de Castro.

A autora não ficou presa e irá responder ao inquérito em liberdade, pois segundo a delegada, até o momento, todas as atitudes dela não demonstram necessidade de se pedir uma prisão preventiva. “A lei fala que quando o autor do crime se apresenta espontaneamente e contribui para todas os atos processuais, não se imporá a prisão preventiva. Teria ocorrido a prisão em flagrante se ela tivesse sido pega no momento do fato, mas como não ocorreu a prisão em flagrante, agora ela só será presa, ela pode vir a ser presa a qualquer momento, não está descartada a hipótese, desde que ela tenha alguma atitude que faça ser necessário, que esteja dentro dos requisitos para se pedir uma prisão preventiva. Até o momento, todas as atitudes da Adriana não têm demonstrado necessidade de se pedir uma prisão preventiva/temporária contra a Adriana, ela se apresentou espontaneamente, ela apresentou a arma utilizada para o crime, informou o seu paradeiro aqui na delegacia, para a justiça e até o momento, não vislumbramos a necessidade de uma prisão” disse ela.

Se condenada, a autora do crime contra Ana Vitória Pereira, pode pegar até 30 anos de prisão.