Alguns dizem que tentam imunizar filhos há mais de 15 dias, sem sucesso.
Secretaria de Saúde diz que não falta material ou medicamento em Goiânia.Pais que precisam ir até os postos de saúde de Goiânia vacinar os filhos estão reclamando da falta de seringas e até mesmo a ausência de geladeiras para armazenar o medicamento. Além disso, em algumas unidades, a população não consegue encontrar funcionários para fazer a imunização.
Um médico, que não teve a identidade divulgada, conta que a unidade onde trabalha está sem seringas há cinco dias. “Acabou na sexta-feira. Ninguém denuncia. Eu trouxe um pouquinho de seringa, mas já acabou”.Na falta do material adequado, uma enfermeira que também não teve o nome revelado, diz que é instruída a usar outro tipo de seringa, o que pode prejudicar o trabalho e gerar problemas aos pacientes. “Manda a gente usar a seringa de cinco [mililitros]. Com as de cinco, você faz pelo rumo, isso não existe”, disse.
Já no Ciams do setor Novo Horizonte, funcionários afirmam que as vacinas foram jogadas no lixo. “No fim de semana a geladeira teve problema e as vacinas perderam. As vacinas que estavam aqui teve que jogar fora e não chegou uma remessa nova”, disse uma das funcionárias.
Ainda percorrendo as unidades de saúde, na Vila União o problema foi a falta de funcionários. “A enfermeira não veio ontem. Hoje ela ia mudar o horário dela, mas ela não veio”, contou a servidora da unidade.
Com tantos problemas, pais dizem que as vacinas estão ficando atrasadas no cartão. “Tem 15 dias que estou tentando vacinar minha filha e não consigo. Quem não fica com medo?”, questiona o auxiliar de cozinha Laécio Cunha.
A gerente de imunização da Secretaria Municipal de Saúde explicou que, diferente do que os funcionários das unidades de saúde informaram aos pacientes, não faltam seringas nos postos. “Não faltam vacinas e nem seringas. A recomendação é usar as seringas de 3 ou de 1 ml. Não é recomendação usar a de 5”, disse Grécia Pessoni.
Sobre a falta de funcionários, a gerente disse que a falha é uma questão pontual devido ao período de férias. Sobre as vacinas jogadas foras, Pessoni explica que os medicamentos não foram descartados, e sim recolhidos para passar por um teste de qualidade. Se elas estiverem sem qualquer problema, serão devolvidas ao posto.
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