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quinta-feira, 16 de julho de 2015

O SINDICOM FAZ MEIA CULPA , MAS FALA QUE TAMBEM INSESIBILIDADE DA PARTE DOS PATRÕES CAUSA ATENDIMENTO RUIM NO COM´RCIO DE CATALÃO E REGIÃO


SindCom critica falta de investimento em qualificação

Por Erneilton Lacerda - O Catalano

Diante da repercussão da reportagem “Criticado por consumidores, atendimento no comércio de Catalão também é razão para queda nas vendas”, publicada nessa terça-feira (13), o Sindicato dos Empregados no Comércio de Catalão (SindCom) resolveu se manifestar a respeito das reclamações dos clientes do comércio varejista da cidade. O SindCom, mostrando não desmerecer as críticas dos consumidores, faz um mea culpa, mas diz que há insensibilidade dos patrões quanto às causas dos trabalhadores. 


Sem negar os problemas existentes em relação à qualidade do atendimento ao cliente na cidade, o vice-presidente do sindicato dos trabalhadores, Everton Alves, afirma que não se pode generalizar a questão: “Nem todos os comércios da cidade não atendem plenamente seus clientes, e em uma mesma loja é possível encontrar funcionários com bom e ruim atendimento”. A principal questão, no entanto, se encontra na ausência de interesse dos empresários em qualificar seus empregados, defende o vice-presidente. “O SindCom funciona há cinco anos. Nesse período, temos solicitado ao sindicato patronal [Sindicato do Comércio Varejista de Catalão] qualificação, investimento na mão-de-obra e incentivos para os nossos trabalhadores, mas sempre temos recebidos respostas negativas dos patrões”, critica ele, que acrescenta: “O trabalhador comerciário sofre muito nas mãos de alguns empresários, que têm retirado, inclusive, os direitos adquiridos”.  

Precarização do trabalho

“A gente sabe que [o atendimento ao cliente] precisa melhorar, mas queremos chamar a atenção para o seguinte fato: a culpa não é apenas do trabalhador; a culpa maior é do empresário que só se preocupa com o lucro”, lamenta Everton Alves. Segundo o sindicalista, além de não quererem bancar a qualificação dos trabalhadores, os empresários se recusam a bonificar aqueles que, por conta própria, fazem cursos para melhorar o serviço prestado. “Essa é outra frustração. As empresas de grande porte da cidade pagam até 90% de uma faculdade ou de um curso técnico para poder melhorar a produtividade. Porém, os trabalhadores do comércio varejista não recebem essa atenção, o que resulta em trabalhadores desmotivados, insatisfeitos e com baixo rendimento.” 

O vice-presidente do SindCom contextualiza que o varejo é a principal porta de entrada de primeiro emprego em Catalão. Contudo, como o município possui empresas na área de mineração e montagem de automóveis, que pagam melhor e oferecem diversos benefícios, os jovens trabalhadores preferem se qualificar em áreas que não tenham relação com o comércio visando à entrada nessas companhias de grande porte. Everton destaca que, “para que o comércio de Catalão seja cada vez mais pujante, é preciso que trabalhadores, empregadores e sindicatos patronal e trabalhista estejam unidos”. 

O sindicalista pede compreensão à população sobre a situação dos empregados do comércio varejista catalano e encerra com uma frase de efeito: “Atrás do balcão, também tem um coração. O patrão tem que pensar no trabalhador, e a população também”. 

O outro lado


Citado nessa reportagem, o Sindicato do Comércio Varejista de Catalão (Sindilojas) se defende por meio de seu presidente Geraldo Rocha, que nega haver falta de investimento na qualificação por parte dos comerciantes e culpa a falta de interesse dos próprios trabalhadores. “Logo que assumimos o Sindicato, em 2014, conseguimos um curso gratuito de técnicas de venda, mas não fechamos a turma pelo desinteresse dos colaboradores. Eles também não aceitaram que o curso fosse fora do horário de expediente”, alega. 

“Ora, uma vez que os colaboradores da empresa ganham o salário fixo mais a comissão por venda, aqueles que estiverem mais bem preparados, automaticamente ele vai conseguir aumentar a própria remuneração. Portanto, é preciso interesse por parte dos próprios trabalhadores de fazerem os cursos em horários que não choquem com o expediente”, argumenta o presidente do Sindilojas. Ele concorda que os trabalhadores têm preferido trabalhar nas grandes empresas instaladas em Catalão, porém opina que o comércio oferece mais vantagens aos assalariados. 

Apesar de admitir deficiências no atendimento ao público no município, Geraldo Rocha pondera que isso não é exclusividade de Catalão: “Não é muito diferente quando você vai a grandes cidades. O mau atendimento não é só em Catalão, está generalizado.” O presidente encerra enfatizando que o Sindilojas tem trabalhado para mudar a situação. 

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