Depois que o diretor de uma escola da rede estadual de ensino denunciou que alguns alunos estariam planejando um atentado em seu estabelecimento, a Polícia Militar e o Conselho Tutelar foram acionados e identificaram dois adolescentes de 16 anos, ambos apresentados na tarde desta terça-feira, 26, na Delegacia de Plantão, acompanhados de seus representantes legais.
Um deles teria relatado aos policiais militares que faz parte de um grupo no aplicativo Telegram, cujo objetivo era adquirir armamentos e informações necessárias para cometerem um massacre no colégio em questão.
Diante da grave situação, a própria direção da escola conseguiu chegar até o aluno suspeito de criar o grupo, porém, este teria afirmado que não passava de uma brincadeira e que não teria coragem de realizar tal ato. O estudante acrescentou que não sabia que seu colega havia levado o assunto a sério.
No telefone do suposto responsável pelo grupo, foram encontradas conversas que levantaram a preocupação da escola e do Conselho Tutelar em relação ao possível ataque. O aparelho celular dele e do amigo foram apreendidos e entregues na delegacia para o andamento da investigação.
Os menores foram ouvidos durante toda a tarde de ontem por uma delegada especializada no atendimento a crianças e adolescentes. Ela preferiu não se manifestar, informando que a situação seria repassada ao delegado regional Wilton José Fernandes.
Provavelmente, os garotos também seriam apresentados ao Juizado da Infância e Juventude. A reportagem apurou que os dois estudantes fazem acompanhamento médico psicológico. Eles completam 17 anos em julho.
A reportagem tentou contato com a direção da escola no início da noite, não obtendo êxito. Este pode ter sido o terceiro caso dessa natureza no ano em Araguari, no entanto, agora oferecendo maior preocupação às autoridades locais.
Na primeira quinzena deste mês uma tragédia marcou o país, quando dois ex-alunos invadiram uma escola em Suzano, São Paulo, deixando dez mortos. Os autores tinham 17 e 25 anos.
Fonte: Gazeta do Triângulo
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