O motorista Ginair Camilo Rodrigues, de 42 anos, que dirigia a caminhonete F-250 envolvida no acidente com o ônibus da Expresso Araguari, na GO-330, entre Ipameri e Catalão, na Região Sudeste de Goiás, na manhã de quinta-feira, se apresentou ontem à Polícia Civil e foi ouvido pelo delegado Vitor Oliveira Magalhães, responsável pelo caso. O inquérito foi instaurado ontem pela manhã. Além de Rodrigues, também prestou depoimento o motorista do ônibus, que transportava 19 pessoas – entre elas, uma criança de 3 anos. Segundo o delegado, houve conflito entre as versões.
“Um alega que estava trafegando normalmente na mão de direção dele e o outro também. Ambos disseram ter havido invasão da pista. Dependemos, portanto, do resultado da perícia para esclarecer melhor os detalhes, a partir do ponto de colisão, e apontar responsabilidades”, destaca Vitor Magalhães. De acordo com ele, os dois veículos e o local do acidente já foram devidamente periciados. “Falta, agora, receber da empresa a relação completa e correta dos passageiros que viajavam no ônibus, a qual já solicitamos, e, também, ouvir feridos e algumas testemunhas”, acrescenta.
O delegado esclarece que, além disso, é preciso apurar as circunstâncias das quatro mortes ocorridas no acidente, bem como as características dos ferimentos de cada um dos passageiros lesionados. Isso, diz ele, permitirá tipificar os crimes praticados: “Primeiro, deveremos identificar se alguém teve culpa e, em caso positivo, quem é essa pessoa. Os quatro homicídios podem ser culposos, sem intenção de matar, ou dolosos, se verificarmos que um dos motoristas assumiu o risco pelas mortes.” Em 30 dias, Magalhães espera concluir o inquérito.
Até as 18h30 de ontem, quatro vítimas da colisão entre o ônibus e a caminhonete permaneciam internados na Santa Casa de Misericórdia de Catalão, unidade de referência no tratamento de urgência e emergência na região. Todos eles passaram por procedimentos cirúrgicos, incluindo a criança, que fez a reconstituição da face, e o pai dela, que teve o baço rompido. Conforme informou a chefia de Enfermagem do hospital, os pacientes mantinham o quadro de saúde estável e permaneciam em observação.
EM ESTADO GRAVE
Uma quinta vítima do acidente, Suelene Maria Costa, em estado mais crítico, foi transferida ainda na quinta-feira para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde havia vaga disponível na unidade de terapia intensiva (UTI). Ela é mãe da menina de 3 anos. Segundo boletim médico divulgado pelo Hugo às 17h38, Suelene encontrava-se em estado grave e respirava com a ajuda de aparelhos.
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