A empresa Transduarte, por meio de seu diretor presidente, Dorivan Miranda, reuniu a imprensa hoje, 1º, para anunciar que irá recorrer da decisão do Executivo em quebrar o contrato de exploração do transporte público de Catalão. A decisão foi divulgada um dia depois de o prefeito, Jardel Sebba, comunicar o rompimento do contrato, que tem vigor até 2016, prorrogável por mais dez anos.
Ele disse que acredita que a decisão do Executivo foi política, e que decidiu por recorrer “porque temos investimentos feitos, temos fornecedores a pagar”. Segundo ele, três veículos adquiridos recentemente, a pedido da prefeitura, são financiados pelo BNDES e a empresa pagará ao final R$ 300 mil por eles. Dorivan disse ainda que a empresa cumpriu todas as exigências feitas e que a principal delas foi a redução no tempo de espera, que segundo ele, está em 50 minutos.
O diretor, que estava acompanhado pelo seu filho, disse também que o terminal de coletivo, construído em 2006, em cima do ribeirão Pirapitinga, atendeu a solicitação da administração pública daquela época (o peemedebista Adib Elias era o prefeito à época). Ainda de acordo com o diretor, até 2016, a empresa exploraria o terminal, como parte do contrato. Dorivan contou que gastou à época na construção R$ 600 mil. “Foi o poder público que escolheu. Na época, foi a administração pública da época que escolheu o lugar (para a construção do terminal)”.
“A primeira coisa é recorrer da decisão arbitrária e como disse, foi comunicado um dia depois. Temos um contrato e temos investimento a ser cumprido que fizemos, respeitando o contrato”, disse ele, completando que não concorda com a rescisão. “Eu não concordo com a rescisão, mas se a prefeitura insistir na rescisão contratual, a gente tem que ver o que pode ser feito”. Com 240 funcionários, ele não soube precisar o números de demissões com a rescisão, mas acredita, que cerca de 100 deverão ser demitidos assim que a empresa deixar o serviço. “A gente não tem noção ainda como vai ficar, mas com certeza vai ter uma dispensa em massa, com muita gente, com certeza”. O prefeito Jardel Sebba anunciou em coletiva, um dia antes que solicitou à empresa contratada emergencialmente que ela absorva todos funcionários da Transduarte.
“A única coisa que eles (o município) mandaram para cá solicitando e está documentado, é alteração de horário e a colocação de mais carros nos bairros, o que está sendo atendido”, disse ele, completando que o número é suficiente para atender a população. “A empresa vai recorrer judicialmente, com certeza. Nós temos nossos compromissos a saldar. A Transduarte é uma empresa que gosta de pagar seus fornecedores. Então, a gente tem quer recorrer, porque o prefeito não está dispensando uma pessoa, ele está dispensando uma empresa. E essa empresa tem um compromisso e tem um contrato a ser cumprido. Então, precisava que o poder público cumprisse a sua parte no contrato (que tem vigor até 2016 com prorrogação de mais 10 anos)”.
A empresa completa 34 anos de exploração de serviços na cidade no próximo dia 20 de agosto, aniversário de Catalão. “A gente fica desanimado, eu acho que o transporte, não só eu, mas Catalão, as empresas têm que ser mais respeitadas, tem que ter mais diálogo. Se fala em parceria, mas tem que ter a parceria, tem que ter mais diálogo, não é chegar e arbitrariamente mandar embora. Não é assim”, disse ele que participará de uma nova licitação, mas avalia que não adiantaria: “Eu participei da última licitação e está aí, tem o contrato até 2026 está sendo rescindido em 2014, então para quê, participar de licitação”.
O advogado da empresa, Marcos Vinícius Moreira, informou por telefone, que entrará com pedido, por meio de liminar, na Justiça para que a empresa continue à frente do serviço. Ele está viajando e retorna a Catalão amanhã, sábado. Apesar da distância, ele disse que já conversou com a direção da empresa sobre as medidas que serão tomadas.
Fonte: agazeta24horas.com.br
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