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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Operação contra fraudes no Ipasgo investiga, também, morte de paciente com câncer

Paciente morreu em janeiro de 2017 e as investigações da operação apontam que um medicamento irregular possa ter contribuído com o óbito da vítimaAlém de apreensões de aeronaves, carros de luxo, dinheiro e até obras de artes, a Operação Metástase investiga a morte de um paciente com câncer dentro do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (Ingoh). De acordo com o Luiz Gonzaga Júnior, do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Geccor), a morte do idoso foi em janeiro de 2017 devido à aplicação de um medicamento que não era adequado para o tratamento.


Segundo o delegado, um inquérito específico pelo homicídio será aberto para apurar o caso. Luiz destaca que a filha da vítima contou que o pai estava recebia o tratamento em outra unidade, mas que, ao ser informada do avançado estágio da doença, teria procurado uma segunda opinião com um médico do Ingoh.

Ainda de acordo com o delegado, o profissional teria prescrito um medicamento que não seria utilizado no atual estado em que a doença se encontrava. “Laudos médicos mostraram que houve uma depreciação da sobrevida desse paciente. Ele poderia ter sobrevivido seis meses ou um ano, mas isso resultou na morte dele dias depois da aplicação do medicamento. Com isso: quem prescreveu o medicamento,  médico do Ingoh, quem autorizou, pessoa de alto escalão do Ipasgo, responderão por homicídio”, pontua o delegado.


Essa irregularidade, dentre outras que estão sendo investigadas, era realizada por questão mercantilista. Segundo o delegado, caso fosse necessária outra dose, ela deveria ser cobrada. Entretanto, isso não foi autorizado pelo diretor da unidade.

Fraudes
As fraudes, envolvendo cerca de 20 pessoas, entre ex-gestores do Ipasgo, diretores e presidente do Ingoh, causaram, em um levantamento preliminar feito pela Polícia Civil (PC), prejuízos de R$ 50 milhões. Luiz conta que as investigações ocorrem há seis meses e abrangem o período de 2013 a 2018. Nesse tempo, o Ingoh foi escolhido pelo Ipasgo, durante um chamamento especial, para ser responsável pelo ramo de quimioterapia. Em contrapartida, a empresa que ganhasse deveria oferecer o desconto de 15% sobre o tratamento.
Porém, ainda de acordo com as investigações, o estado não recebia esse desconto e valores eram superfaturados durante auditoria realizada pelo Ipasgo. Ainda segundo o delegado, os auditamentos fraudulentos se davam de três formas: com o auxílio de um auditor robô, por meio de empresas terceirizadas para auditar as contas e por meio de médicos do Ingoh que atuavam dentro do Ipasgo.

“Identificamos que a criação do auditor robô partiu de um dos membros de alto escalão do Ipasgo. As empresas terceirizadas não poderiam fazer esse tipo de serviço, que deve ser realizado por uma pessoa concursada. Também identificamos que essas empresas tinham ligações com os investigados. Para se ter o tamanho do rombo, antes de 2013, a glosa do Ingoh- que são os cortes feito nas auditorias- era de 10%. Atualmente, não chega a 0,8%. Enquanto outras empresas ganhavam R$ 8 milhões anualmente, o Ingoh chegava a lucrar dez vezes mais”, pontua.

Além disso, segundo Luiz Gonzaga, serão investigado superfaturamento em preços de medicamentos, utilização de produtos vencidos e até pagamento irregular de sala de quimioterapia.

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